Na visão do Prefeito de Salvador, Bruno Reis, o colapso na segurança pública com a guerra das facções criminosas na periferia da capital baiana, é culpa do governador do estado. Segundo ele, se fosse governador, solicitaria um contingente de 10.000 homens e os lideraria pessoalmente para acabar com a violência.
O ilustre prefeito, além de se auto isentar de qualquer responsabilidade na segurança pública da cidade, isenta também o governo federal, lançando sobre o governo do estado toda a responsabilidade pelo caos na capital.
Esquece o prefeito Bruno Reis da Lei do SUSP que integra todos os entes federados na condução da Segurança Pública e que:
- O art. 144 da Constituição Federal que diz que Segurança Pública é um dever do estado e um direito e responsabilidade de todos, incluindo os municípios, logo não existe um culpado e sim os responsáveis (ou irresponsáveis);
- Que não só de homens e armas se faz Segurança Pública, mas de prevenção com tecnologia e inteligência;
- Que a sua Guarda Municipal carece de investimentos, reconhecimento como órgão de segurança pública e valorização de seus profissionais;
- Que, primeiramente, a sua Guarda Municipal deveria priorizar a execução de Segurança Pública Básica com a implementação e o monitoramento do Plano Municipal de Segurança Pública.
Parece que o ilustre prefeito de Salvador esqueceu-se daquele velho e conhecido ditado: quem tem telhado de vidro, não atira pedras ao vizinho, no caso o governador do estado.
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