O caso em que um Guarda Municipal (GM) matou o secretário de Segurança Pública de Osasco durante uma reunião sobre escala de serviço é extremamente grave e complexa, e exige uma reflexão profunda sobre a saúde mental dos profissionais de segurança pública, a gestão interna das corporações e os fatores que podem ter levado a tal tragédia. Para fundamentar a análise, é possível abordar diversos aspectos do ocorrido, com base na ocorrência específica e nas questões mais amplas de saúde mental e gestão dos profissionais de segurança.
1. Contexto da Ocorrência e o Fator Psicológico
A situação se passa em um ambiente interno de trabalho, onde uma discussão sobre a escala de serviço entre o GM e o secretário de Segurança Pública de Osasco se transformou em um homicídio. Esse fato, que ocorre em uma reunião aparentemente administrativa, levanta questionamentos sobre o que poderia ter desencadeado uma ação tão extrema. Uma análise psicológica sugere que o guarda pode ter estado em uma condição emocional altamente vulnerável naquele momento. O ambiente de tensão constante e a falta de acompanhamento psicológico adequado podem ter contribuído para o descontrole emocional do guarda, levando a uma reação de violência.
O impacto da pressão psicológica e estresse
Guardas municipais, como outros profissionais de segurança, frequentemente enfrentam situações de risco e estresse, que podem gerar acúmulo de tensões emocionais. O contexto de uma reunião de trabalho, como o caso descrito, pode ter sido um gatilho para o desencadeamento de um episódio de agressividade, especialmente se o profissional já estivesse lidando com questões não resolvidas relacionadas ao estresse no trabalho ou conflitos internos. A pressão psicológica, a cobrança por resultados e a falta de uma rede de apoio psicológico adequada podem ter sido fatores de risco para a explosão de violência.
2. A Falta de Suporte Psicológico e Intervenção
Outro ponto importante para a reflexão sobre o ocorrido é a falta de apoio psicológico para os profissionais da segurança pública. Caso o guarda estivesse enfrentando problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão ou estresse pós-traumático, a falta de um acompanhamento psicológico regular poderia ter agravado sua situação. A tensão acumulada ao longo do tempo, sem a devida intervenção, pode levar a explosões de violência, como no caso que resultou na morte do secretário.
Em muitas instituições de segurança, o suporte psicológico ainda é insuficiente ou, muitas vezes, inexistente. A saúde mental dos profissionais não é monitorada adequadamente, e o estigma em relação ao tratamento psicológico pode fazer com que esses indivíduos não busquem ajuda até que um incidente grave ocorra.
O estigma sobre o cuidado psicológico nas forças de segurança
Em muitas corporações existe uma cultura que não valoriza ou mesmo estigmatiza o cuidado com a saúde mental. A ideia de que o profissional de segurança pública deve ser resiliente e imune ao sofrimento psicológico pode levar a uma situação onde os sinais de transtornos emocionais não são identificados e tratados. Esse estigma, aliado à falta de recursos, pode resultar em situações de descontrole, como a observada neste caso.
3. A Dinâmica de Poder e o Conflito no Local de Trabalho
O fato de o homicídio ter ocorrido em uma reunião sobre a escala de serviço sugere a existência de um conflito relacionado à dinâmica interna de trabalho. O encontro, que deveria ser uma discussão administrativa, pode ter sido permeado por tensões relacionadas à liderança, a questões de poder e à percepção do GM sobre sua autoridade ou posição dentro da corporação. Em contextos de pressão e insatisfação, especialmente em hierarquias rígidas, pequenos conflitos podem ser exacerbados e resultar em desfechos trágicos.
A natureza do assassinato também aponta para a possibilidade de o GM ter se sentido injustiçado ou desrespeitado, o que pode ter causado uma reação desproporcional de violência. No entanto, é importante que se investigue com profundidade as circunstâncias que envolvem o relacionamento entre o GM e o secretário, o clima organizacional e eventuais causas que possam ter levado a essa escalada de violência.
4. A Falta de Treinamento Emocional e Gerenciamento de Conflitos
A formação de profissionais da segurança pública, incluindo os guardas municipais, muitas vezes foca no treinamento técnico e em estratégias de segurança, mas negligencia aspectos emocionais e psicológicos. O treinamento para lidar com situações de estresse, resolução de conflitos e gerenciamento emocional é essencial para evitar que tensões de trabalho se transformem em violência. A falta dessa preparação pode ter sido um fator que contribuiu para que o guarda não soubesse como controlar suas emoções durante a reunião, culminando em uma tragédia.
5. A Responsabilidade das Instituições de Segurança Pública
As instituições de segurança pública têm uma grande responsabilidade em proporcionar não apenas o treinamento técnico, mas também o suporte psicológico para seus membros. Em situações de extremo estresse, como o enfrentamento de violência e o contato constante com cenários traumáticos, os profissionais precisam de mecanismos de apoio para preservar sua saúde mental. A falta de uma abordagem preventiva e de acompanhamento contínuo pode ser responsável por agravar o quadro emocional de indivíduos vulneráveis.
O homicídio ocorrido na reunião de Osasco é um alerta sobre a necessidade urgente de repensar a abordagem institucional em relação à saúde mental dos guardas municipais e outros profissionais da segurança pública. Além de ser uma tragédia pessoal, ela é um reflexo das deficiências em treinamento emocional, apoio psicológico e gestão de conflitos dentro das forças de segurança. Este caso enfatiza a importância de uma abordagem holística no cuidado aos profissionais de segurança, que inclua, além do preparo técnico, um suporte adequado à saúde mental, para que situações de extremo estresse e pressão não se transformem em tragédias.
Bom dia, meu nome é Diones Simon, moro em Osasco, trabalho com saúde mental e faço parte de uma instituição americana que capacita a polícia da Califórnia, foi oferecido o mesmo programa aqui para a GCM de Osasco, desde 2023 e ainda não marcaram data para início, esta tragédia poderia ser evitada. Pois nosso curso é justamente sobre controle emocional e gestão das emoções, além do profissional, temos também o trabalho com a família, preparando todo um ambiente para melhor qualidade de vida do profissional. Me coloco a disposição de realizar esta capacitação em outros municípios também, meu whatsapp 11 997054688
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